Bom dia a todos!
Fiquei uns dias sem atualizar, na verdade eu estou tentanto fazer uns vídeos, e também quero colocar um podcast aqui, mas ainda não ficou da maneira que eu imaginei. Então vou falar de alguns assuntos que surgiram nos últimas dias
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"Um tapinha não dói... ou dói?"
Todos acompanharam as discussões em torno da proibição de qualquer castigo corporal sobre as crianças.
Eu discordo desta lei. Mas calma. Não acho que criança tem que apanhar mesmo; a questão é o contexto em que a lei aparece: seus defensores parecem acreditar que ao dizer "não bata em seus filhos" automaticamente os pais surgirão com alternativas para melhor educar as crianças, quando estas são insistentes ou mal-educadas. Mas se esquecem que nem todos têm recursos para isto; as pessoas mais humildes, com um grau de educação menor, não tem conhecimento para entender e fazer entender os "porques" da educação dos filhos. Mesmo os mais abastados, vão trocar as palmadinhas por brinquedos, presentes, ou seja, uma cultura de troca de favores. O que também não é bom.
Não se se estou me fazendo entender: a questão quanto ao castigo físico é óbvia, nenhuma criança deveria ser mal-tratada por um adulto, primeiro pela diferença de força física, segundo porque os pais (ou o responsável que seja) são aqueles em quem ela confia. Porém, a chamada "palmadinha" não é agressiva, não dói, e via de regra serve apenas para "lembrar" a criança que ela deve obedecer aos pais, pois ainda não tem discernimento para tomar uma série de decisões e atitudes. Ou seja, a palmada (fraca, simbólica) é um recurso que os pais têm para manter a hierarquia em seu lar, quando as palavras não são suficientes. Afinal de contas, deixar de castigo também não pode ser chamado de "cativeiro"??
Assim como a lei seca, esta nova lei não impede que pais violentos agridam seus filhos depois de uma bebedeira, ou por qualquer outro motivo. E para estes já existem leis.
Bom, espero que minhas idéias não estejam confusas; por fim recomendo que vocês leiam a página A3 da Folha de SP de ontem, seção "Debates", que fala sobre o tema.
Até!
PS: Sinceramente, acho que psicólogos e outros defensores da nova lei vivem em um mundo de sonho, encantados por seus livros e teorias sobre educação infantil, mas esquecem de ver como estas teorias funcionam na prática. De nada valem hipóteses estudadas em consultórios ou clínicas. O "brasileiro" que realmente vai ser afetado por esta lei, mora em uma casa com poucos cômodos, ganha menos que o suficiente para a família (quase sempre numerosa); marido e mulher trabalham fora para sustentar a casa. Também foram criados "apanhando" quando faziam "arte". Isto é o Brasil. Você, de classe média alta, alta, seja o que for, não sabe o que é isso. Não sabe o que é o Brasil.
Agora chega. Hoje ainda posto mais algo =P
3 comentários:
Kétlin disse:
Pois é, concordo plenamente...a teoria só serve se funciona na prática e essa aí...hmm...sei não...
Já me foram relatados casos de alunos (péssimos, diga-se de passagem) ameaçando professores com a seguinte frase: "se você levantar a voz ou a mão eu conto tudo para a promotora!" Não é bem assim...o protecionismo tem limites.
Não sou a favor da agressão, mas são necessárias medidas hábeis a demonstrar o que é certo e errado. Passar a mão na cabeça definitivamente não é uma delas.
Quando estudava presenciei vários colegas reiterando péssimas práticas, pois a única punição que receberiam seria conversar com a psicóloga. Nem expulsão fazia sentido, pois em casa os pais jamais tomariam qualquer atitude e, para o aluno, seriam alguns dias a menos de aula.
Imagino que o correto seria ocupar esse tempo vago. Acaso possuam tempo para fazer besteira, que esse lapso seja utilizado para trabalhar (a título de experiência), para auxiliar nas atividades domésticas e afins. O correto seria encurtar as rédeas, para que um dia os pais não venham a chorar ou porque o filho/a se tornou um bandido ou porque tão logo se foi...
A frase “os filhos são os espelhos dos pais” é mais do que verdadeira...
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