domingo, agosto 08, 2010

A ORIGEM


Olá a todos! Como essa semana eu fui liberado pela equipe médica para frequentar os cinemas novamente, o blog está refletindo um pouco este fato.

E hoje eu assisti o esperado “A Origem” (Inception, no original). Já começo dizendo que a tradução do título foi bastante infeliz, e NÃO, não tenho uma idéia melhor.

Pois bem, ao filme. Antes que você vá assistir, por favor, evite ao máximo ler críticas (até mesmo esta, apesar de que escrevo também pensando em quem não assistiu, ou seja, não há revelações ou “spoilers”). A mídia atualmente tem exagerado ao criar expectativas para os filmes. A Origem já vem com o peso de rótulos do tipo “filme do ano”, “vai mudar o cinema para sempre” etc, etc. Isto só estraga sua interpretação e sua diversão.

A Origem fala sobre um grupo de pessoas, lideradas por Cobb (Leonardo di Caprio) que consegue invadir mentes alheias no mundo dos sonhos, e assim descobrir informações importantes. Este grupo irá deparar-se com uma missão como nunca antes tiveram, enquanto Cobb enfrenta alguns demônios pessoais

O filme é muito interessante no mínimo. Foi anunciado como “dificílimo” de entender, mas eu discordo; ele exige muita atenção do espectador, mas não chega a ser difícil compreender o que se passa. Provavelmente quando a projeção acabar, você terá entendido o principal sobre a trama. Mas também vai ver que há muitos detalhes impossíveis de se captar na primeira apresentação, e felizmente, poderá ver o filme de novo. Ou seja, não é tão complicado ao ponto de ser incompreensível, não é tão simples que você não possa ver mais algumas vezes. É desafiador, e isto é um grande elogio, e até mesmo uma demonstração de respeito à inteligência do público.

Importante notar que o diretor é Christopher Nolan, que tem no currículo os excelentes Batman: Begins e Batman: O Cavaleiro das Trevas. Por isso tanta expectativa para A Origem, e para mim Nolan mostra que tem muita munição.

A fotografia, efeitos especiais (felizmente NADA exagerados, muito comedidos), e principalmente, a trilha sonora de Hans Zimmer, contribuem em muita com a qualidade da obra. De nada adiantaria a criação de toda uma nova gama de possibilidades (no caso, penetrar e interferir nos sonhos alheios), sem o apoio da belas imagens e boa música.

Enfim, minhas dicas finais são: sim, assista A Origem no cinema, e por favor, evite a mídia prolixa e “verborrágica” que parece mastigar qualquer informação sobre os filmes antes da hora para depois vomitá-las no público, inundando nossos sentidos com impressões pré-determinadas. Um filme só pode ser chamado de “filme do ano” quando o 365 dias acabam, e só pode ser reconhecido como uma obra que redefine o cinema após alguns anos de sua estréia. Vamos com calma!

E o peão continua rodando (ou não).

Trailer:

2 comentários:

Anônimo disse...

Kétlin disse:

Hmm...ainda tenho meus preconceitos quanto ao Leonardo Di Caprio...

Titanic foi um evento muito traumatizante na minha vida...

Só o fato do James Cameron haver anuido com aquela música chata e, ainda mais, haver escolhido a Celine Dion e, ainda mais, depois de ter dirigido Avatar, já me faz querer assistir um filme dele nunca mais!

Digo e repio: melhor momento do filme foi quando o Di Caprio morre congelado!

Aix...q raiva, q raiva!

Anônimo disse...

Não achei o filme nada complicado. Interessante, mas está longe de ser um dos meus 10 filmes preferidos. Aliás, nesta lista, acho que nenhum é "complicado". De qualquer forma, achei a Origem um filme de ação muito linear e pouco onírico para o que se propõe. É um filme de ação que traz a brincadeira do sonho dentro de outro sonho, dentro de outro sonho... mas até que ousa pouco na interposição desses. Enfim. Diversão até bem simples. Acho que é o pessoal que tem andado com preguiça de pensar um pouco. Isso que dá achar que 3D é o máximo da inovação, a custo de tramas e roteiros sofríveis. Vem um filme que exige uma conta um pouco mais complexa que o 2 + 2 e a cabeça do pessoal dá nó.