segunda-feira, junho 28, 2010

DOR LOMBAR

Continuando a sequencia de posts aleatórios que enlouquecem qualquer possível leitor deste blog, hoje volto a falar de meu tratamento.
Na terça-feira recebi o implante de medula óssea, a minha mesmo, que foi coletada no início da quimioterapia que vim fazer em São Paulo. Não vou dizer que foi muito fácil, porque a quimioterapia pré-transplante é bem intensa.
Depois do D-0 (dia zero), ou seja, quando recebo o implante, começa uma contagem "regressiva" para considerarmos que a medula "pegou". Isso é determinado pelos exames de sangue, que são diários.
Felizmente eu tive uma coleta de células muito boa, com uma grande quantidade de células tronco, ou seja, quando implantadas, será mais rápido e mais garantida a "pega" da medula.
Mas também existem alguns sinais ou sintomas que podem indicar o início da pega, como a melhora dos sintomas da quimioterapia, e uma dor lombar, característica da medicação usada para estimular a medula (granulokine). E é esta dor que eu sinto agora.
Seja isto sinal de que vou ter a tal "pega" um pouco antes da hora, ou no fim da semana, não sei, mas o bom é pensar que se aproxima o momento da alta, depois a hora de voltar para casa, e enfim ao meu trabalho nos Hospitais.

sábado, junho 26, 2010


Sobre o cinema...

Já viram que este é um tema recorrente por aqui...
Hoje eu reassisti o filme Kingdom of Heaven ("Cruzada", no Brasil), e lembro que quando vi no cinema (2005), não gostei muito. Sobre o porque então, resolvi assistir tudo de novo, estou lendo um livro sobre a História do Mundo, e recentemente me interessei pela histórias das guerras religiosas, se esta é a maneira de nomeá-las.


Por que será que um filme tão recente (ou seja, tecnologia para concertirzar o inimaginável), com uma história que não poderia ser mais interessante, já que trata-se de nosso mundo, e um diretor de renome, porque estes filmes não nos impressionam mais? Não conseguem criar dentro de nós sensações similares àquelas do mundo q fica fora da sala escura; não colocam sorrisos ou lágrimas no rosto dos espectadores?

Há alguns dias assisti o filme "To Have and Have Not" (Uma Aventura na Martinícia), com Humphrey Bogart e Lauren Baccal. Este é muito parecido com o Casablanca, mas tomei como exemplo para não cair em lugar comum. O filme se passa numa quantidade pequena de cenários, ou localizações... com uma história boa sim, mas do tipo que eu poderia resumir aqui em um parágrafo. Então o que estes clássicos têm, afinal?!?!?!


Atores. Não, não Orlando Bloom(com todo respeito, pois achei que ele foi o Legolas perfeito para o Senhor dos Anéis) ou Eva Green... mas sim atores de verdade, do tipo que não se fazem mais. Atores que nos convencem que seu personagem é real, que podemos cruzar com eles em um bar ou no saguão de hotel, e com sentimentos compatíveis com os nossos. Que tomam atitudes inesperadas, com olhares tão estranhos quanto reais. Enfim, grandes atores.

Já ponderei se o cinema trata-se afinal, de diversão (seu propósito inicial), de uma tela em branco, esperando pra receber uma pintura imortal, ou de um meio informação, formação. Acho que é isto tudo junto e dependendo de cada filme que vamos ver.

Mas, enfim, com certeza o cinema "de verdade" morre um pouco, cada vez que Hollywood vende seus Avatares, lotados de tecnologia e dinheiro, e sem atores, um dos pilares do cinema.
Lauren e Bogart assistindo "Cruzada": "Querido, mude de canal, por favor

domingo, junho 20, 2010

TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS

Agora posso dizer que estou me encaminhando para a parte final do tratamento, que começou em setembro do ano passado (2009). O processo foi longo, e acabou extendendo-se um pouco mais, pois após a primeira quimioterapia o tumor que havia diminuído voltou a crescer.
Então veio mais um esquema de quimioterapia, e a preparação para o transplante. Tive a oportunidade de fazer este processo em um hospital de São Paulo, e tudo até agora correu perfeitamente; tenho certeza que continuará assim.
Desta vez precisei ficar longe de Criciúma, a partir do final de fevereiro, e desde então só passei 3 semanas em casa. Aqui em São Paulo, conseguimos um "flat" próximo ao hospital, o que é muito importante e facilitou as coisas.

O transplante de medula óssea, no meu caso, será autólogo - eu mesmo sou o doador. Isto elimina o problema da rejeição e a necessidade de tomar imunossuprossores (medicações que diminuem a resposta imunológica).

Depois disso, vem um período em SP, até que minha nova medula óssea me permita voltar para casa.

Enquanto isso, muitos livros, artigos, jogos, filmes, e minha guitarra, que dessa vez veio junto comigo para o hospital.

Abraços e até a próxima!