quinta-feira, agosto 19, 2010
quarta-feira, agosto 18, 2010
Cobrança da Taxa de Serviço - a popular Gorjeta
Há um tempo atrás vi na televisão uma matéria sobre a cobrança irregular de taxas de serviço em bares e restaurantes. Muitos estabelecimentos determinaram uma porcentagem que cobravam obrigatoriamente. O Código Civil é bem claro quando especifica que esta prática é irregular, sendo que o pagamento de tal taxa deve ser feito de livre e espontânea vontade pelo consumidor.
Em uma cafeteria de São Paulo, fui atendido e ao pedir a conta de 1 café expresso, a garçonete me passou o valor já com a tal taxa inclusa. Eu logo estranhei, pois além de o valor do café ter aumentando (2,90 para 3,30), ela me cobrou 10% do valor a mais, sem me avisar que era referente à taxa de serviço. Nada contra pagar a gorjeta, fui bem atendido; mas achei errado que me cobrassem um valor que não é obrigatório sem me informar. O fato de a garçonete já apresentar o valor incluindo a gorjeta parece colocar o cliente na obrigação de pagar por este, pois qualquer um acaba ficando um pouco constrangido em questionar o valor que é cobrado. Não é pelo valor total, é pela maneira com o cliente no Brasil é tratado: algumas vezes parece que o prestador de serviço está fazendo um favor a você, em lhe atender bem e de maneira educada.
No dia seguinte voltei ao local e fiz um pequeno vídeo para demonstrar a questão. Acabou ficando de fora a parte final, quando a garçonete literalmente JOGOU o troco em cima da minha mesa, pois eu me recusei a pagar a gorjeta.
Após o vídeo, segue um link bem esclarecedor quanto a lei referente ao assunto.
Em uma cafeteria de São Paulo, fui atendido e ao pedir a conta de 1 café expresso, a garçonete me passou o valor já com a tal taxa inclusa. Eu logo estranhei, pois além de o valor do café ter aumentando (2,90 para 3,30), ela me cobrou 10% do valor a mais, sem me avisar que era referente à taxa de serviço. Nada contra pagar a gorjeta, fui bem atendido; mas achei errado que me cobrassem um valor que não é obrigatório sem me informar. O fato de a garçonete já apresentar o valor incluindo a gorjeta parece colocar o cliente na obrigação de pagar por este, pois qualquer um acaba ficando um pouco constrangido em questionar o valor que é cobrado. Não é pelo valor total, é pela maneira com o cliente no Brasil é tratado: algumas vezes parece que o prestador de serviço está fazendo um favor a você, em lhe atender bem e de maneira educada.
No dia seguinte voltei ao local e fiz um pequeno vídeo para demonstrar a questão. Acabou ficando de fora a parte final, quando a garçonete literalmente JOGOU o troco em cima da minha mesa, pois eu me recusei a pagar a gorjeta.
Após o vídeo, segue um link bem esclarecedor quanto a lei referente ao assunto.
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=11459
Até!
segunda-feira, agosto 16, 2010
NOVIDADES PESSOAIS
Voltando ao lado "pessoa" do meu blog pessoal, algumas notícias:
Felizmente meu tratamento aqui em São Paulo foi bem, e irei para Criciúma no dia 21/08, sábado. A partir de então, continuarei o controle do linfoma com exames e consultas, cada vez menos frequentes.
Falar nisso, dia 13 completou 1 ano do dia em que eu descobri que estava com linfoma de Hodgkin... realmente passou rápido. Foram 6 meses em Criciúma, e quando eu sair daqui, 6 meses em São Paulo. Agora ainda precisarei de pelo menos 6 meses até voltar a minhas atividades normais de trabalho... isto tudo dependendo dos exames que farei no futuro. Mas sendo sincero, estou bem confiante, conheço a coisa no aspecto técnico, apesar de não ser a minha especialidade médica, mas mesmo assim ser paciente é bem diferente.
É óbvio que eu preferia ter passado este período todo mais próximo da minha família, minha namorada e meus amigos, mas agora chegou a hora de voltar para casa, e próxima volta, felizmente, será para as salas de cirurgia e os corredores do hospital.
Por enquanto é só, agradeço a todos que acompanham este blog, continuem acompanhando e um grande abraço!
Felizmente meu tratamento aqui em São Paulo foi bem, e irei para Criciúma no dia 21/08, sábado. A partir de então, continuarei o controle do linfoma com exames e consultas, cada vez menos frequentes.
Falar nisso, dia 13 completou 1 ano do dia em que eu descobri que estava com linfoma de Hodgkin... realmente passou rápido. Foram 6 meses em Criciúma, e quando eu sair daqui, 6 meses em São Paulo. Agora ainda precisarei de pelo menos 6 meses até voltar a minhas atividades normais de trabalho... isto tudo dependendo dos exames que farei no futuro. Mas sendo sincero, estou bem confiante, conheço a coisa no aspecto técnico, apesar de não ser a minha especialidade médica, mas mesmo assim ser paciente é bem diferente.
É óbvio que eu preferia ter passado este período todo mais próximo da minha família, minha namorada e meus amigos, mas agora chegou a hora de voltar para casa, e próxima volta, felizmente, será para as salas de cirurgia e os corredores do hospital.
Por enquanto é só, agradeço a todos que acompanham este blog, continuem acompanhando e um grande abraço!
domingo, agosto 08, 2010
A ORIGEM
Olá a todos! Como essa semana eu fui liberado pela equipe médica para frequentar os cinemas novamente, o blog está refletindo um pouco este fato.
E hoje eu assisti o esperado “A Origem” (Inception, no original). Já começo dizendo que a tradução do título foi bastante infeliz, e NÃO, não tenho uma idéia melhor.
Pois bem, ao filme. Antes que você vá assistir, por favor, evite ao máximo ler críticas (até mesmo esta, apesar de que escrevo também pensando em quem não assistiu, ou seja, não há revelações ou “spoilers”). A mídia atualmente tem exagerado ao criar expectativas para os filmes. A Origem já vem com o peso de rótulos do tipo “filme do ano”, “vai mudar o cinema para sempre” etc, etc. Isto só estraga sua interpretação e sua diversão.
A Origem fala sobre um grupo de pessoas, lideradas por Cobb (Leonardo di Caprio) que consegue invadir mentes alheias no mundo dos sonhos, e assim descobrir informações importantes. Este grupo irá deparar-se com uma missão como nunca antes tiveram, enquanto Cobb enfrenta alguns demônios pessoais
O filme é muito interessante no mínimo. Foi anunciado como “dificílimo” de entender, mas eu discordo; ele exige muita atenção do espectador, mas não chega a ser difícil compreender o que se passa. Provavelmente quando a projeção acabar, você terá entendido o principal sobre a trama. Mas também vai ver que há muitos detalhes impossíveis de se captar na primeira apresentação, e felizmente, poderá ver o filme de novo. Ou seja, não é tão complicado ao ponto de ser incompreensível, não é tão simples que você não possa ver mais algumas vezes. É desafiador, e isto é um grande elogio, e até mesmo uma demonstração de respeito à inteligência do público.
Importante notar que o diretor é Christopher Nolan, que tem no currículo os excelentes Batman: Begins e Batman: O Cavaleiro das Trevas. Por isso tanta expectativa para A Origem, e para mim Nolan mostra que tem muita munição.
A fotografia, efeitos especiais (felizmente NADA exagerados, muito comedidos), e principalmente, a trilha sonora de Hans Zimmer, contribuem em muita com a qualidade da obra. De nada adiantaria a criação de toda uma nova gama de possibilidades (no caso, penetrar e interferir nos sonhos alheios), sem o apoio da belas imagens e boa música.
Enfim, minhas dicas finais são: sim, assista A Origem no cinema, e por favor, evite a mídia prolixa e “verborrágica” que parece mastigar qualquer informação sobre os filmes antes da hora para depois vomitá-las no público, inundando nossos sentidos com impressões pré-determinadas. Um filme só pode ser chamado de “filme do ano” quando o 365 dias acabam, e só pode ser reconhecido como uma obra que redefine o cinema após alguns anos de sua estréia. Vamos com calma!
E o peão continua rodando (ou não).
Trailer:
sexta-feira, agosto 06, 2010
BAD MOVIE / GOOD MOVIE
Continuando o post anterior, aqui vai minha análise de "À Prova de Morte", dirigido por Quentin Tarantino e lançado em 2007, mas só agora nos cinemas brasileiros (3 anos de atraso!).
O filme segue o estilo de Tarantino, mas felizmente ele parece sempre conseguir trazer algo novo, para não tornar-se uma repetição de si mesmo.
Basicamente, conta a história de 2 grupos de mulheres que serão atormentados pelo maníaco "Stuntman Mike" (literalmente dublê Mike), que fazia cenas de ação com carros, e possui um carro à prova de morte, com o qual mata mulheres.
Admito que o andamento do filme e o próprio final me supreenderam bastante, pois eu tinha medo que fosse um amontoado de cenas do tal stuntman perseguindo as suas vítimas. Diferente disso, o diretor mostra de perto a rotina das futuras vítimas de Mike(Kurt Russel), até o momento em que seus caminhos as levarão até o maníaco; ele também presta uma homenagem a filmes de ação com carros que são considerados clássicos, como "Vanishing Point".
O filme possui caracteristicas que podem assustar um espectador desavisado, como imperfeições e cortes na imagem, mas que correspondem a proposta da "Grindhouse Productions", desenvolvida pro Quentin Tarantino e Robert Rodriguez.
Enfim, é um filme divertido, no início ele demora um pouco a engatar a primeira, mas depois torna-se bem interessante e progressivamente atraente. Enquadra-se bem na proposta da Grindhouse, e sai um pouco(bastante) da mesmice Hollywoodiana.
O trailer:
OBS: para fazer uma coisa diferente, aqui vai o link de uma crítica que não gostou do filme. Acho interessante mostrar os 2 lados da coisa: http://blog.telecine.globo.com/cultblog/2010/07/17/a-prova-de-morte/
Bad Movie / Good Movie
"PREDADORES" e "A PROVA DE MORTE"
Aqui vai uma breve análise sobre estes 2 filmes, que vi esta semana. Eu quero fazer um podcast pro blog, mas ainda não consegui fazer da maneira que quero; e a análise destes filmes seria em vídeo, mas vai ficar pra outra oportunidade.
Bem, Predadores então. É ruim, bem ruim. FIM.
Tááá, eu falou um pouco sobre. O filme retoma a mitologia de "Predador", sucesso do cinema-ação de 1987, com A. Schwarzenegger. O atual foi dirigido por Nimrod Antal, cuja filmografia anterior não me é familiar. A produção é de Robert Rodriguez, que já dirigiu Sin City, Planeta Terror, e Machete(que estréia em breve). Ficou "famoso" por fazer bons filmes gastando pouco.
Predadores começa com um grupo de mercenários, ex-soldados- etc, que caem de para-quedas(literalmente) em um local desconhecido, onde na verdade serão a caça numa espécie de "jogo" promovido pelos Predadores.
O problema do filme começa onde acaba a sinopse acima, pois não há mais nada. O filme é só isso... se você assistir o trailer, provavelmente não haverá nada no filme para surpreendê-lo. Primeiro, não gostei da escolha de usar uma fórmula "batida" de um grupo de 6, 7, 8 pessoas, onde sempre há um negro (sério pessoal, sem racismos aqui, mas parece que a produção do filme coloca um afro-descendente lá por obrigação), um latino, um isso um aquilo... mais parece piada do que filme. E esse excesso de personagens impede que o filme se aprofunde em suas histórias. A não ser que você considere uma cena do tipo "olhe, a foto dos meus filhos pequenos" aprofundar-se na personagem. [aí você é uma pessoa muito feliz].
A ação, que é um fundamental num filme desses infelizmente esta também saiu prejudicada.Admito que não achei Adrien Brody com cara de "action-man", mas ele saiu-se bem. E o parâmetro de comparação aqui é Schwazernegger. Mesmo assim, as cenas de ação não empolgam.
Devo relatar que uma das personagens principais é representada pela brasileira Alice Braga. Ela saiu-se bem no papel, mas dá para perceber que o inglês não é "original" quando as falas são mais longas. Não estou reclamando, mas fiquei curioso se os expectadores norte-americanos criticaram ou não sua atuação.
Por fim, o filme é fraco, tem uma "premissa" simples e que não se desenvolve durante o filme. Podem ver a título de curiosidade, mas eu não recomendo.
Vai o trailer, para registro:
(CONTINUA NO PRÓXIMO POST)
segunda-feira, agosto 02, 2010
domingo, agosto 01, 2010
Novas Leis
Bom dia a todos!
Fiquei uns dias sem atualizar, na verdade eu estou tentanto fazer uns vídeos, e também quero colocar um podcast aqui, mas ainda não ficou da maneira que eu imaginei. Então vou falar de alguns assuntos que surgiram nos últimas dias
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
"Um tapinha não dói... ou dói?"
Todos acompanharam as discussões em torno da proibição de qualquer castigo corporal sobre as crianças.
Eu discordo desta lei. Mas calma. Não acho que criança tem que apanhar mesmo; a questão é o contexto em que a lei aparece: seus defensores parecem acreditar que ao dizer "não bata em seus filhos" automaticamente os pais surgirão com alternativas para melhor educar as crianças, quando estas são insistentes ou mal-educadas. Mas se esquecem que nem todos têm recursos para isto; as pessoas mais humildes, com um grau de educação menor, não tem conhecimento para entender e fazer entender os "porques" da educação dos filhos. Mesmo os mais abastados, vão trocar as palmadinhas por brinquedos, presentes, ou seja, uma cultura de troca de favores. O que também não é bom.
Não se se estou me fazendo entender: a questão quanto ao castigo físico é óbvia, nenhuma criança deveria ser mal-tratada por um adulto, primeiro pela diferença de força física, segundo porque os pais (ou o responsável que seja) são aqueles em quem ela confia. Porém, a chamada "palmadinha" não é agressiva, não dói, e via de regra serve apenas para "lembrar" a criança que ela deve obedecer aos pais, pois ainda não tem discernimento para tomar uma série de decisões e atitudes. Ou seja, a palmada (fraca, simbólica) é um recurso que os pais têm para manter a hierarquia em seu lar, quando as palavras não são suficientes. Afinal de contas, deixar de castigo também não pode ser chamado de "cativeiro"??
Assim como a lei seca, esta nova lei não impede que pais violentos agridam seus filhos depois de uma bebedeira, ou por qualquer outro motivo. E para estes já existem leis.
Bom, espero que minhas idéias não estejam confusas; por fim recomendo que vocês leiam a página A3 da Folha de SP de ontem, seção "Debates", que fala sobre o tema.
Até!
PS: Sinceramente, acho que psicólogos e outros defensores da nova lei vivem em um mundo de sonho, encantados por seus livros e teorias sobre educação infantil, mas esquecem de ver como estas teorias funcionam na prática. De nada valem hipóteses estudadas em consultórios ou clínicas. O "brasileiro" que realmente vai ser afetado por esta lei, mora em uma casa com poucos cômodos, ganha menos que o suficiente para a família (quase sempre numerosa); marido e mulher trabalham fora para sustentar a casa. Também foram criados "apanhando" quando faziam "arte". Isto é o Brasil. Você, de classe média alta, alta, seja o que for, não sabe o que é isso. Não sabe o que é o Brasil.
Agora chega. Hoje ainda posto mais algo =P
Fiquei uns dias sem atualizar, na verdade eu estou tentanto fazer uns vídeos, e também quero colocar um podcast aqui, mas ainda não ficou da maneira que eu imaginei. Então vou falar de alguns assuntos que surgiram nos últimas dias
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"Um tapinha não dói... ou dói?"
Todos acompanharam as discussões em torno da proibição de qualquer castigo corporal sobre as crianças.
Eu discordo desta lei. Mas calma. Não acho que criança tem que apanhar mesmo; a questão é o contexto em que a lei aparece: seus defensores parecem acreditar que ao dizer "não bata em seus filhos" automaticamente os pais surgirão com alternativas para melhor educar as crianças, quando estas são insistentes ou mal-educadas. Mas se esquecem que nem todos têm recursos para isto; as pessoas mais humildes, com um grau de educação menor, não tem conhecimento para entender e fazer entender os "porques" da educação dos filhos. Mesmo os mais abastados, vão trocar as palmadinhas por brinquedos, presentes, ou seja, uma cultura de troca de favores. O que também não é bom.
Não se se estou me fazendo entender: a questão quanto ao castigo físico é óbvia, nenhuma criança deveria ser mal-tratada por um adulto, primeiro pela diferença de força física, segundo porque os pais (ou o responsável que seja) são aqueles em quem ela confia. Porém, a chamada "palmadinha" não é agressiva, não dói, e via de regra serve apenas para "lembrar" a criança que ela deve obedecer aos pais, pois ainda não tem discernimento para tomar uma série de decisões e atitudes. Ou seja, a palmada (fraca, simbólica) é um recurso que os pais têm para manter a hierarquia em seu lar, quando as palavras não são suficientes. Afinal de contas, deixar de castigo também não pode ser chamado de "cativeiro"??
Assim como a lei seca, esta nova lei não impede que pais violentos agridam seus filhos depois de uma bebedeira, ou por qualquer outro motivo. E para estes já existem leis.
Bom, espero que minhas idéias não estejam confusas; por fim recomendo que vocês leiam a página A3 da Folha de SP de ontem, seção "Debates", que fala sobre o tema.
Até!
PS: Sinceramente, acho que psicólogos e outros defensores da nova lei vivem em um mundo de sonho, encantados por seus livros e teorias sobre educação infantil, mas esquecem de ver como estas teorias funcionam na prática. De nada valem hipóteses estudadas em consultórios ou clínicas. O "brasileiro" que realmente vai ser afetado por esta lei, mora em uma casa com poucos cômodos, ganha menos que o suficiente para a família (quase sempre numerosa); marido e mulher trabalham fora para sustentar a casa. Também foram criados "apanhando" quando faziam "arte". Isto é o Brasil. Você, de classe média alta, alta, seja o que for, não sabe o que é isso. Não sabe o que é o Brasil.
Agora chega. Hoje ainda posto mais algo =P
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